A ciência das doenças nas geraes: da filial de Manguinhos ao Centro de Pesquisas René Rachou

 

 Eduardo Vilela Thielen* & Lisabel Espellet Klein*

 

O INSTITUTO OSWALDO CRUZ EM MINAS GERIAS

 

Criado em 1900, no Rio de Janeiro, para produzir soros contra a peste bubônica, o Instituto Soroterápico Federal ampliou suas atividades quando Oswaldo Cruz assumiu sua direção, dois anos depois. O médico também acumulou a chefia da Diretoria Geral de Saúde Pública (DGSP) e promoveu reformas nas leis sanitárias, empreendendo campanhas na capital da República, que venceram a febre amarela mas não dominaram a tuberculose e a varíola, ligada à célebre Revolta da Vacina. Com mais verbas provenientes da DGSP, o Instituto, situado no bairro de Manguinhos, passou a realizar pesquisas sobre as doenças humanas e animais existentes no país, transformando-se em importante centro de estudos e ensino de microbiologia e produção de soros e vacinas.

A instituição também passou a atuar fora do Rio de Janeiro. Por solicitação de pecuaristas de Minas Gerias, o Instituto iniciou pesquisas para obtenção de uma vacina contra a peste da manqueira, ou carbúnculo sintomático, epizootia que atacava os rebanhos mineiros. A produção e venda dessa vacina possibilitou, em grande medida, a sobrevivência e ampliação das atividades da instituição nos anos seguintes. Foi quando o governo de Minas Gerais propôs a Oswaldo Cruz a criação de uma filial em Belo Horizonte, provendo-lhe verbas anuais. Situada na Praça da Liberdade, foi nomeado para dirigi-la o cientista Ezequiel Dias, cuja tuberculose – agravada pela sua estadia em São Luiz do Maranhão, onde instalou o Laboratório Bacteriológico do Estado, necessitava do clima mais ameno da capital mineira.

A partir de 1906 a filial do Instituto realizou exames de laboratório e fabricou as vacinas antivariólica e antitifoídica, além de estudar as epizootias e pesquisar a etiologia da adenomicose e da leucemia, o ofidismo e o escorpionismo.

A filial de Manguinhos também promovia, como no Rio de Janeiro, reuniões semanais na sua biblioteca para discutir artigos científicos nacionais e estrangeiros, às quais passaram a comparecer médicos e professores da cidade, dando origem a Faculdade de Medicina, em 1911, e iniciando uma colaboração duradoura que uniu a pesquisa, a produção e o ensino. A filial de Manguinhos foi, assim, uma espécie de berço das ciências biológicas em Minas Gerais.

Em 1909 o mineiro Carlos Chagas foi responsável por outra importante aproximação de Manguinhos, agora Instituto Oswaldo Cruz (IOC), com Minas Gerais. Combatendo a malária nas obras de prolongamento da Estrada de Ferro Central do Brasil até Pirapora, o cientista descobriu, na vila de Lassance, uma tripanossomíase humana até então desconhecida, causadora de hipertrofias de órgãos internos e transmitida por um inseto chamado barbeiro. A descrição da doença de Chagas trouxe prestígio para a instituição, que ali instalou um laboratório para estudar a moléstia: nos anos seguintes, Chagas e outros médicos estiveram na pequena vila interiorana do norte mineiro para pesquisar e conhecer a nova doença. Também vários chagásicos de Lassance foram levados para o Hospital Oswaldo Cruz, em Manguinhos.

Contribuindo com as pesquisas em Lassance, a filial de Belo Horizonte prosseguiu com suas atividades até 1922, quando, com a morte do seu diretor, passou a chamar-se Instituto Biológico Ezequiel Dias, dirigido por Octávio de Magalhães. Foi então incorporada a produção da vacina contra a raiva e do soro antiescorpiônico. Os trabalhos do diretor e de Eurico Villela culminaram em uma campanha significativa contra os escorpiões, presentes em grande número na capital mineira. O serpentário do Instituto, utilizado na produção do soro antiofídico, era uma atração turística em Belo Horizonte, chamando a atenção do segundanista da Faculdade de Medicina Amílcar Vianna Martins, que passou a trabalhar na instituição, em cuja biblioteca, a mais completa da cidade, afluíam médicos, biólogos e estudantes para pesquisar e participar das discussões semanais de artigos científicos.

Quando Benedito Valadares era interventor do Estado, o Instituto Ezequiel Dias passou a ser administrado por Minas Gerais, deixando de ser uma filial de Manguinhos. A antiga ideia da transformação vinha sendo contestada pelo sucessor de Oswaldo Cruz – Carlos Chagas. Após sua morte ela se concretizou, mais precisamente em 1936, devido às dificuldades de verbas enfrentadas pela Instituição, que já provinham na sua maioria, dos serviços prestados e produtos vendidos ao Estado. O agora Instituto Químico Biológico passou a priorizar a área de produção de vacinas e soros para uso veterinário, em detrimento da área de pesquisa.

Amílcar Martins estudou a sistemática dos barbeiros em Minas Gerais e, juntamente com Emanuel Dias, do Instituto Oswaldo Cruz e filho de Ezequiel, descobriu um importante foco da doença de Chagas em Bambuí, no oeste mineiro. Constataram o edema do olho como sinal característico da fase aguda da moléstia, que só se manifesta nos órgãos internos anos depois. Como o interventor de Minas Gerais havia proibido Amílcar Martins de atuar em Bambuí, o IOC criou, em 1944, um Centro de Estudos da doença na cidade e designou Emanuel Dias para dirigi-lo. Ali a doença de Chagas voltou a ser estudada com maior detalhamento, especialmente as cardiopatias dela resultantes.

No final da década de 40 o IOC mantinha um pequeno posto de estudos em Belo Horizonte, que funcionava na Cátedra de Fisiologia da Faculdade de Medicina e que apoiava as pesquisas de Otávio de Magalhães sobre o tifo exantemático. Para o posto foi enviado Wladimir Lobato Paraense, que desenvolveu pesquisas sobre malária aviária, leishmaniose da cobaia e focos de transmissão do Schistosoma mansoni.

Nas duas décadas seguintes, no entanto, Bambuí foi a principal ligação de Manguinhos com Minas Gerais.

 

O MINISTÉRIO DA SAÚDE EM MINAS GERAIS

Em 1953 foi criado o Ministério da Saúde, antiga reivindicação dos médicos brasileiros. O Instituto de Malariologia, que já existia desde 1946 dentro do Serviço Nacional de Malária, funcionava na Cidade das Meninas, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, pesquisando a doença e os métodos para combatê-la, com uma fábrica do inseticida BHC.

A política de regionalização das pesquisas das doenças endêmicas nos locais da sua ocorrência, que encaminhava para a criação de centros de pesquisas regionais em todo o pais, e o encontro em Belo Horizonte do chefe da Divisão de Organização Sanitária do Ministério Amílcar Barca Pellon com Amílcar Martins, que na época havia demonstrado que o método de sedimentação das fezes, descrito por Lutz, era o mais adequado para diagnosticar a esquistossomose, resultou no interesse do Ministério da Saúde em pesquisar a doença na ideia da criação de um centro de pesquisas na capital mineira. Em terreno doado pela Prefeitura, depois de negociações empreendidas por Amílcar Martins, iniciaram-se, em 1953, na esquina da Avenida Augusto de Lima com Rua Juiz de Fora, no bairro Barro Preto da capital mineira, as obras do futuro Centro de Pesquisas de Endemias de Minas Gerais.

Como as instalações do Instituto de Malariologia na capital da República, dirigido pelo sanitarista René Rachou, eram precárias, ele foi transferido para Belo Horizonte em fins de 1955, com o apoio de Barca Pellon, Manoel Ferreira e Olímpio Silva Pinto. Permaneceram no Rio de Janeiro a fábrica de inseticidas e um pequeno núcleo central, enquanto os equipamentos e trinta e cinco funcionários foram instalados no prédio do Barro Preto.

O Instituto de Malariologia iniciou em Belo Horizonte a publicação de um boletim consulto-informativo, visando promover um maior intercâmbio com os colegas de trabalho do Serviço Nacional de Malária. Intitulado “De vocês para nós e de nós para vocês”, constou de 104 perguntas respondidas pelos pesquisadores do Instituto, versando, além da malária, sobre a doença de Chagas, leishmaniose, esquistossomose, filariose, não só sobre a sua etiologia mas também sobre ecologia dos vetores e as formas de combatê-los. Durante o ano em que o boletim foi publicado o cabeçalho se alterou: em março de 1956 o Instituto de Malariologia foi transformado no Centro de Pesquisas de Belo Horizonte do Instituto Nacional de Endemias Rurais (INERu). Mas as perguntas continuaram a ser respondidas com a mesma numeração sequencial.

A transformação burocrática especificou as atribuições do novo Instituto, que já havia instalado centros regionais em Recife e Salvador e era dirigido por Amílcar Martins em Belo Horizonte. O INERU era subordinado ao Departamento Nacional de Endemias Rurais (DNERu), resultado da unificação das campanhas nacionais contra as endemias empreendida por Mário Pinoti. Visava estudar e pesquisar as doenças do interior através do conhecimento dos seus agentes etiológicos, vetores, hospedeiros, fatores e meios de transmissão; estabelecer ou aperfeiçoar medidas para combatê-las e promover inquéritos sobre o grau de prevalência dessas endemias no Brasil.

René Guimarães Rachou dirigiu o Centro de Pesquisas de Belo Horizonte até 1957, passando a trabalhar dois anos depois para a Organização Pan-Americana de Saúde, na América Central. Esse período foi marcado por uma ênfase maior nas pesquisas de campo: a malária, a esquistossomose e a doença de Chagas passaram a ser pesquisadas tanto sob a ótica da sistemática dos vetores como dos métodos para a sua eliminação. Os laboratórios das doenças foram estruturados de forma multifacetada, a partir de vários ramos do conhecimento técnico-científico.

O Centro também empreendeu atividades na área de ensino, ministrando cursos sobre as endemias rurais para médicos e chefes dos serviços de todo o país. Versavam sobre a doença de Chagas, malária, esquistossomose, entomologia, inseticidas e parasitologia, funcionando de 1956 a 1958 com duração de dois a três meses. A política de aprimoramento dos quadros levou funcionários a estudarem em cursos internos e na Faculdade de Medicina.

A transferência do Instituto de Malariologia para Belo Horizonte e sua estruturação como INERu resultou em uma regionalização das pesquisas – depois da administração de René Rachou a malária foi menos estudada, ganhando Minas Gerais maiores conhecimentos sobre a esquistossomose e a doença de Chagas.

Em 1957, o biólogo Roberto Milward de Andrade substituiu René Rachou na direção do Centro, a convite do diretor do INERU Amílcar Martins, permanecendo no cargo até 1959 e prosseguindo com a estruturação do Centro durante sua gestão. Marcelo Vasconcellos Coelho, vindo do Recife, dirigiu o Centro por uma década, até 1969, consolidando sua estrutura e suas pesquisas.

Os laboratórios existentes nos primórdios do Centro: Entomologia, Química de Inseticidas, Genética e, Ecologia transformaram-se em oito em 1963, já no final da gestão de Lobato Paraense, nominados com seus respectivos chefes: Imunologia, José Pellegrino; Epidemiologia, Aprígio Abreu Salgado; Investigação Sorológica, Sebastião Mariano Batista; Parasitas Intestinais, Geraldo Chaia; Química de Inseticidas, Ernest Paulini; Leishmaniose, Marcelo Coelho; Malacologia, Lobato Paraense; e   Terapêuticas Experimentais, Zigman Brener.

Em 1966, o Centro de Pesquisas de Belo Horizonte do INERu passou a chamar-se, por determinação do presidente da República e do ministro da saúde Raymundo de Britto, Centro de Pesquisas René Rachou (CPqRR), em homenagem ao seu diretor, que havia morrido três anos antes.

No final da década de 60 foi criado na Universidade de Minas Gerais o primeiro curso de pós-graduação em parasitologia no Brasil, também ministrado por vários pesquisadores do CPqRR, que, com a melhoria das condições de trabalho e salários na universidade, transferem-se para a docência superior, esvaziando as atividades do Centro. Em 1969 foi oficializada a cooperação entre a UFMG e o CPqRR, através de convênio firmado entre o reitor Gerson Bóson, o diretor do INERu Celso Arcoverde e o chefe do Centro Pesquisas Marcelo Coelho, substituído no mesmo ano por Raimundo Siebra de Brito.

 

O REENCONTRO DE MANGUINHOS COM MINAS GERAIS

Pelo decreto 65.253 de 1º de outubro de 1969, foi criada a Fundação Instituto Oswaldo Cruz, com a finalidade de coordenar e executar pesquisas de interesse médico-biológico no âmbito do Ministério da Saúde. Regulamentada pelo decreto 66.624 de 22 de maio de 1970, agrupou o Instituto Oswaldo Cruz, o Instituto Fernandes Figueira do Departamento Nacional da Criança, o Instituto Evandro Chagas da Fundação Serviços de Saúde Pública, o Instituto de Leprologia do Serviço Nacional da Lepra, o Instituto Nacional de Endemias Rurais e o Serviço de Produtos Profiláticos, ambos do Departamento Nacional de Endemias Rurais.

A proposta de incorporação do Centro de Pesquisas René Rachou à nova Fundação foi discutida por seus pesquisadores. Entre eles, alguns eram favoráveis a sua incorporação à SUCAM, que possuía maiores recursos e mobilidade nacional significando uma maior vinculação das pesquisas às ações campanhistas do Ministério. Venceu a ideia de que a incorporação à FIOCRUZ traria uma maior autonomia às pesquisas, reforçando o caráter de centro de excelência em pesquisas biomédicas do CPqRR.

O INERu, composto de dois núcleos de pesquisas (um central no Rio de Janeiro e outro em Salvador) e dois centros (no Recife e em Belo Horizonte), ficou subordinado ao diretor do IOC, como órgão autônomo. O Posto de Estudos da Doença de Chagas em Bambuí, dirigido por João Carlos Pinto Dias, filho de Emanuel, transformou-se em um posto avançando do CPqRR, que pesquisava a evolução do Trypanosoma cruzi nos triatomíneos transmissores da doença de Chagas, a biologia desses vetores para controlá-los, a epidemiologia e, em cooperação com a Faculdade de Medicina da UFMG, a terapêutica da doença. O CPqRR também estudava a ecologia dos moluscos vetores da esquistossomose e seu controle, assim como os flebótomos transmissores da leishmaniose.

Mas a integração com Manguinhos permaneceu, nos primeiros anos da década de 70, apenas no plano formal, sem interferência nas pesquisas mais regionalizadas do CPqRR e com dificuldades pela falta de verbas – na primeira gestão de Naftale Katz à frente do Centro, em 71 e 72, o salário dos pesquisadores equivalia a ¼ do salário dos professores universitários. As dificuldades continuaram nas gestões seguintes: novamente Roberto Milward entre 72 e 74 e Marcelo Coelho em 74, que foi substituído em 75 por Aprígio Abreu Salgado.

Foi na gestão de Vinícius da Fonseca à frente da Fiocruz, a partir de 1975, que melhoraram as condições de trabalho com maiores salários, mais verbas para pesquisa e mais investimentos em infraestrutura. Mas, por outro lado, a direção de José Pedro Pereira no CPqRR entre 75 e 77 assistiu a obrigatoriedade de opção do funcionalismo público federal pela CLT, o que levou ao desligamento apenas funcional de vários pesquisadores, que mantiveram vínculos científicos com o Centro. Prosseguindo, dessa maneira, o intercâmbio com a universidade, os pesquisadores do CPqRR orientaram 26 teses durante os anos 70 e 41 teses nos anos 80, quando já haviam restabelecido os vínculos funcionais com a Fiocruz. De 77 a 85 o Centro de Pesquisas foi dirigido por Zigman Brener, que havia optado pela carreira docente em 1969, mas mantinha-se vinculado ao CPqRR através de convênio com a UFMG.

A segunda gestão de Naftale Katz na direção do Centro, iniciada em 1985, foi marcada pela criação do Conselho Deliberativo da Fiocruz, quando o CPqRR passou a participar da gestão político-administrativa da instituição, tendo assim revertida a situação de isolamento institucional que existia desde a sua incorporação à Fundação. Também aumentou o número de pesquisas e trabalhos publicados em revistas nacionais e estrangeiras, assim como o número de pesquisadores – cuja média de idade era de 46 anos em 1990 – e de estudantes de pós-graduação, embora o total de funcionários tenha permanecido o mesmo na década de 80. A duplicação da área física foi acompanhada da modernização dos equipamentos e das linhas de pesquisa dos laboratórios.

A partir de 1998, o CPqRR passou a ser dirigido por Roberto Sena Rocha. Em sua estrutura organizacional, o CPqRR é composto por quatorze Laboratórios, pelo Núcleo de Apoio Técnico-científico e pelo Departamento Administrativo. Nos Laboratórios são estudadas a Doença de Chagas, a Esquistossomose, as Leishmanioses e a Malária em seus diversos aspectos (biologia, diagnóstico, imunologia, terapêutica, clínica, fisiologia, epidemiologia e controle, sistemática), tanto do ponto de vista da parasita quanto de seus vetores. Mais recentemente, a epidemiologia e antropologia do envelhecimento, do comportamento de risco e ocupacional começaram a ser estudadas.

Os quatorze laboratórios e seus respectivos chefes são: Doença de Chagas, Zigman Brener; Entomologia Médica, Paulo Pimenta; Epidemiologia e Antropologia Médica, Maria Fernanda F. Lima e Costa; Esquistossomose, Naftale Katz; Helmintoses Intestinais, Omar dos Santos Carvalho; Imunologia Celular e Molecular, Rodrigo Correa Oliveira; Imunopatologia, Ricardo Tostes Gazzinelli; Leishmanioses, Reginaldo Brazil; Malacologia, Cecília Pereira de Souza; Malária, Antoniana Ursine Krettli; Parasitologia Molecular e Celular, Álvaro José Romanha; Pesquisas Clínicas, Ana Lúcia Teles Rabello; Química de Produtos Naturais, Carlos Leomar Zani e, Triatomíneos e Epidemiologia da Doença de Chagas, Lileia Diotaiuti.

Funcionam ainda no Centro de Pesquisas René Rachou quatro Serviços de Referência: Centro de Referência e Treinamento em Leishmanioses, Centro de Referência Nacional e Internacional para Flebotomíneos, Laboratório de Triatomíneos e Epidemiologia da Doença de Chagas e o Centro de Colaboração e Pesquisa de Controle da Esquistossomose. Desenvolve também convênios para ensino de pós-graduação com a UFMG, PUC-MG e orienta alunos dos cursos de pós-graduação do IOC e ENSP.

O Centro de Pesquisas René Rachou mostra uma história de grandes contribuições em suas áreas de atuação: imunologia, quimioterapia diagnóstico, malacologia e controle da esquistossomose; imunologia, quimioterapia, clínica, epidemiologia e triatomíneos relacionados à doença de Chagas; quimioterapia e imunologia da malária; sistemática e biologia de culicídeos referentes à leishmaniose.

A característica marcante da história do CPqRR parece ser sua vocação para o trabalho constante com as endemias regionais de Minas Gerais, oxigenado pelo intercâmbio permanente com a universidade, importante para a formação de seus quadros. Por outro lado, sua integração com a Fiocruz amplia seus horizontes para situar suas pesquisas dentro do contexto nacional da saúde pública.

 

FONTES

Entrevistas concedidas aos autores pelos partícipes da história do Centro de Pesquisas René Rachou:

Alda Falcão. Belo Horizonte, 28.8.90

Cícero Novaes. Belo Horizonte, 28.8.90

Ernest Paulini, Belo Horizonte, 30.8.90

Hortência Hollanda, Brasília, 5.12.91

Ivan Ricciard, Rio de Janeiro, 4.10.90

João Carlos Pinto Dias, Belo Horizonte, 29.8.90

João Prezado, Belo Horizonte, 28.8.90

José Pedro Pereira, Belo Horizonte, 30.8.90

Lobato Paraense, Rio de Janeiro, 18.9.90

Mário Aragão, Rio de Janeiro, 18.8.90

Naftale Katz, Belo Horizonte, 30.8.90

Roberto Milward de Andrade, Rio de Janeiro, 4.6.90

Waldemar de Souza, Belo Horizonte, 29.8.90

Zigman Brener, Belo Horizonte, 18.3.92

Coleção de documentos legais sob a guarda do Centro de Pesquisas René Rachou.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BACELLAR, Renato Clark. Brazil`s contribution to tropical medicine. Nova Iorque, 1963.

BENECHIMOL, Jaime (coord.). Manguinhos do sonho à  vida. Rio de Janeiro, Casa de Oswaldo Cruz, 1990

BRASIL. Coleção das Leis Federais. Rio de Janeiro, Imprensa Nacional, 1946 a 1957.

BRASIL. Ministério da Saúde. Fiocruz. Atividades e objetivos. Rio de Janeiro, 1972.

BRASIL. Fiocruz. Relatório de Atividades – 1991. Rio de Janeiro, 1992.

BRASIL. Legislação Federal do Setor Saúde. Brasília, IBGE, 1977.

CENTRO DE PESQUISAS RENÉ RACHOU. Comemoração dos 25 anos de existência. Belo Horizonte, CPqRR, 1980.

FONSECA FILHO, Olympio da. “A Escola de Manguinhos”. São Paulo, Revista dos Tribunais, 1974.

MARTINS, Amílcar V. Memórias da Fundação Ezequiel Dias. Belo Horizonte, FUNED, 1987.

MARTINS, Amílcar V. “Zoólogo por natureza”, entrevista. Rio de Janeiro, Ciência Hoje, vol. 11,n.º63, abril/maio 1990.

PARAENSE, Wladimir Lobato. “Contribuição para a história do Centro de Pesquisas René Rachou”. Belo Horizonte, 24.8.90, mimeo.

REVISTA BRASILEIRA DE MALARIOLOGIA E DOENÇAS TROPICAIS. Rio de Janeiro, Serviço Nacional de Malária, 1955, vol.7.

REVISTA BRASILEIRA DE MALARIOLOGIA E DOENÇAS TROPICAIS. Brasília, Departamento Nacional de Endemias Rurais, 1964, vol. XVI,n.º1.

REVISTA BRASILEIRA DE MALARIOLOGIA E DOENÇAS TROPICAIS. Brasília, Departamento Nacional de Endemias Rurais, jul./dez 1966, vol. XVIII,n.º3 e 4.

 

* Casa de Oswaldo Cruz/ Fiocruz