IRR é finalista em programa de aceleração de negócios em estágio inicial

pedroerubens

A OmniLAMP, startup criada por pesquisadores da Fiocruz Minas, foi uma das vencedoras da 16ª edição do Lemonade, um programa desenvolvido pela Fundep\ UFMG, que visa à aceleração de negócios em estágio inicial no Brasil.  O anúncio das campeãs ocorreu no dia 25 de julho, durante um evento virtual que reuniu cerca de 180 pessoas. O pesquisador Rubens do Monte, CEO da OmniLAMP,  recebeu ainda o prêmio de melhor Pitch, em reconhecimento à sua exitosa apresentação.

A OmniLAMP é uma iniciativa da Fiocruz Minas, idealizada pelos pesquisadores Rubens do Monte e Pedro Augusto Alves, a partir de um programa de financiamento (seed Grant) do Instituto Serrapilheira, em 2018. Trata-se de um projeto em parceria com a empresa Visuri, com o apoio do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), para o desenvolvimento de um dispositivo capaz de detectar o material genético de arbovírus, como dengue, zika e chikungunya. Com a pandemia de Covid-19, os pesquisadores adaptaram o sistema para a detecção molecular do RNA do SARS-CoV-2, o novo coronavírus.

Durante o Lemonade, os pesquisadores disputaram com startups de diferentes segmentos, como financeiro, jurídico, social e saúde. Das 30 equipes selecionadas para o início do programa, 16 permaneceram na segunda fase e apenas cinco foram destaque neste evento, entre elas a OmniLamp. Os participantes ficaram, ao longo de 13 semanas, imersos em conceitos relativos a empreendedorismo e executaram, ainda, uma série de tarefas, como validação de mercado, projeção financeira e formalização do negócio. Essa foi a 1a edição do Lemonade, realizada totalmente em formato virtual.

Mas essa não foi a primeira participação da OmniLAMP nesse tipo de iniciativa. No ano passado, a spin-off ficou em segundo lugar no InovaLabs, um programa de pré-acelaração da Fiocruz, conduzido pela Biominas Brasil. De lá pra cá, os pesquisadores já aprovaram dois projetos no âmbito do edital Produtos Inovadores do programa Inova Fiocruz. Além disso, OmniLAMP foi aprovada entre as 15 ideias a serem apoiadas pelo programa Centelha-MG, uma iniciativa da Finep, Ministério da Ciência e Tecnologia e Fapemig. Esta última agência também aprovou duas propostas protagonizadas pela OmniLAMP, que envolvem a rede Fhemig e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de Minas Gerais.

Esse processo levou o dispositivo a fazer parte de uma patente, cuja exploração comercial está em fase de negociação junto a Gestec/NIT – Fiocruz e os kits de diagnóstico poderão ser desenvolvidos com o apoio de Bio-Manguinhos, unidade da Fiocruz, no Rio de Janeiro.