Pesquisa

O Instituto René Rachou, unidade da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) em Minas Gerais, tem como missão “Melhorar a qualidade de vida da população atendendo às necessidades nacionais de saúde, mediante pesquisa, desenvolvimento tecnológico, inovação, ensino e serviços de referência”. Além da pesquisa de ponta, realizada por seus 22 grupos de pesquisa e, em função dela a Fiocruz Minas disponibiliza ao Sistema Único de Saúde, 6 serviços de referência que atuam no âmbito da vigilância epidemiológica, e 4 coleções científicas que são as mais completas coleções zoológicas da América Latina. Em seus quadros, a Fiocruz Minas conta com alguns dos cientistas mais produtivos do Brasil, mantém colaborações e parcerias com diferentes instituições de pesquisa nacionais e internacionais. Além das instituições de pesquisa, a Fiocruz Minas colabora com várias secretarias municipais do estado de Minas Gerais e com as Secretarias de Estado da Saúde, de Ciência e Tecnologia, da Educação, com a Fundação Ezequiel Dias e com a Escola de Saúde Pública de Minas Gerais. Desde a sua criação os pesquisadores da Fiocruz Minas, estão envolvidos com a busca de novos fármacos, vacinas, métodos para o diagnóstico e para o controle de vetores e hospedeiros de doenças infecciosas e parasitárias. Com a lei de patentes e o estímulo governamental à inovação, a Fiocruz Minas ampliou ainda mais as suas áreas de atuação, entendendo que é necessário fortalecer a relação entre pesquisa, inovação e produção, para melhor atender as necessidades sociais do país e contribuir para aumentar o acesso da população aos bens e serviços em saúde. Nos últimos cinco anos, o IRR produziu 568 artigos científicos publicados em revistas com alto impacto e, 122 dissertações de mestrado e 56 teses de doutorado em seus dois programas de pós graduação.

Conheça mais sobre o nosso trabalho.

A Fiocruz Minas, por meio dos seus grupos de pesquisa, realiza pesquisa, desenvolvimento e inovação em saúde. Os grupos de pesquisa trabalham em temas como a doença de Chagas, as leishmanioses,  a esquistossomose e outras helmintoses, a dengue, a malária, as doenças crônico-degenerativas, dentre outras. Atuam, também, em estudos ambientais, na prospecção de fármacos e no desenvolvimento de novas vacinas, métodos de diagnóstico e estratégias terapêuticas, sempre com o objetivo de responder aos desafios da saúde pública brasileira. Temos ainda estudos sobre o envelhecimento, educação em saúde, genômica, bioinformática, dentre outros. Para dar apoio técnico científico às atividades de pesquisa o IRR conta com o Biotério que cria e  mantem animais para a experimentação com o Trypanosoma cruzi, Schistosoma mansoni, Leishmania sp, Plasmodium sp, além de manter alguns como fonte alimentar de insetos vetores das doenças estudadas na Instituição; o Moluscário que cria moluscos e mantém ciclos de helmintos de interesse médico visando o fornecimento de material para pesquisa e, os Insetários que abrigam diversas colônias de insetos vetores de doenças (culicídeos, flebotomíneos e triatomíneos) utilizados em linhas de pesquisa relacionadas ao estudo de interação patógeno-hospedeiro invertebrado, ao desenvolvimento de pesquisas epidemiológicas, a biologia, a biossistemática, a ecologia e a resistência aos inseticidas, objetivando o estabelecimento de estratégias de controle de transmissão de doenças como a malária, dengue, leishmanioses e doença de Chagas. Com mais de 70 pesquisadores os 22 grupos de pesquisa estabelecem parcerias com as principais instituições de ensino, assistência médica e pesquisa do estado de Minas Gerais, além de várias outras no âmbito nacional e internacional. Isso tem possibilitado um crescimento sólido da nossa produção cientifica. Os pesquisadores investem ainda fortemente na formação de pessoal por meio da iniciação científica, mestrado, doutorado e pós doutorado.

Os seis Serviços de Referencia da Fiocruz Minas prestam serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS), para vigilância epidemiológica em esquistossomose, leishmaniose e doença de Chagas. Além das atividades laboratoriais especializadas, eles prestam consultoria e assessoramento bem como promovem a formação de recursos humanos para o sistema de laboratórios de saúde pública do país. Aqueles credenciados como Centros Colaboradores da Organização Mundial de Saúde e Organização Pan-Americana de Saúde participam ativamente de diferentes programas internacionais em suas áreas de abrangência.

As quatro Coleções Biológicas (Coleção de Vetores da Doença de Chagas, de Flebotomíneos, de Malacologia Médica e de Mosquitos Neotropicais) sob a guarda da Fiocruz Minas conservam milhões de amostras. Os acervos incluem uma das mais completas coleções zoológicas da America Latina. Alguma destas coleções representam a biodiversidade genética de vetores de importância médica, outras preservam a memória epidemiológica de importantes agravos, conservam as variações nos agentes etiológicos ao longo do tempo e as populações genéticas diversas de organismos relacionados a pesquisas em saúde pública. A importância das Coleções Biológicas da Fiocruz Minas foi reconhecida pelo Ministério do Meio Ambiente, em 2012, quando as suas coleções receberam o status de “fiéis depositárias” de amostras de componentes do patrimônio da biodiversidade brasileira.

Existem hoje no IRR nove plataformas tecnológicas a saber Citometria de Fluxo, PCR em Tempo Real, Sequenciamento, Eletroforese 2D, Bioprospecção, Produção de Anticorpos Monoclonais, Ensaios pré-clínicos anti-trypanosoma, Bioinformática e Microscopia e Microanálise de Imagens, que possuem equipamentos de alto desempenho e recursos humanos com excelente capacitação técnica, além de um sistema de gestão diferenciado que busca a melhoria contínua em áreas como qualidade, fornecimento de equipamentos, insumos e comunicação com o usuário.