Estudo avalia índices de imunização em crianças de Sete Lagoas (MG) e outros municípios brasileiros

Vacinação infantil

O município de Sete Lagoas é um dos participantes de uma pesquisa que tem por objetivo verificar a cobertura vacinal entre crianças nascidas em 2017 e 2018. Intitulado “Inquérito de Cobertura Vacinal”, o estudo é promovido pelo Ministério da Saúde, sendo conduzido em Minas Gerais pela Fiocruz Minas, com a coordenação da pesquisadora Taynãna Simões. A pesquisa já foi realizada em 19 capitais e Distrito Federal e, desde o mês de outubro, outros municípios brasileiros passaram a ser avaliados, incluindo Sete Lagoas. A coleta de dados será realizada nos domicílios, por meio de entrevista com os responsáveis pelas crianças e da verificação da caderneta de vacinação.

A pesquisa pretende estimar a cobertura vacinal entre crianças nascidas em 2017 e 2018, desde o nascimento até o momento da entrevista, quanto às vacinas BCG, hepatite B, poliomielite, pentavalente, rotavírus humano, febre amarela, meningococo conjugada C, pneumococo conjugado 10 valente, influenza, hepatite A, tríplice viral, varicela e reforço para DPT e Poliomielite. Além disso, será avaliado o acesso aos serviços para obtenção das doses de vacina.

Os novos municípios participantes são Boa Vista, Campinas, Caruaru, Feira de Santana, Imperatriz, Joinville, Londrina, Petrópolis, Porto Velho, Rio Verde, Rondonópolis, Sete Lagoas e Sobral. Em Sete Lagoas, serão visitados 450 domicílios, definidos por meio de um sorteio, que contemplou todas as regiões da cidade. Os entrevistadores estão identificados por camiseta e crachá, além de estarem usando equipamentos de proteção individual. Todos eles passaram por uma capacitação e estão aptos a coletar os dados, seguindo um questionário estruturado. Além disso, os entrevistadores vão fotografar a caderneta de vacinação e demais comprovantes de imunização.

Sobre a cobertura – Desde 2017, o país como um todo não consegue atingir as metas de cobertura vacinal para a maioria das vacinas oferecidas pelo SUS. Isso traz sérios riscos à população, pois doenças consideradas erradicadas, como é o caso do sarampo, já estão reaparecendo, e outras em fase de erradicação podem ter o número de casos aumentado. Conforme levantamento da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, em 2020, o estado não alcançou nenhuma das metas de cobertura vacinal para crianças menores de 4 anos, com coberturas variando de 58 a 80% das vacinas do esquema básico.