Grupo de Violência, Gênero e Saúde recebe pesquisadora da Universidade de Basel para discutir estudo em parceria

11702imagem1

O Grupo Violências, Gênero e Saúde do IRR recebeu, no mês de maio, a visita da pesquisadora Carmen Sant Fruchtman, da Universidade de Basel, na Suíça. Ela é umas das integrantes da equipe que está à frente de um estudo intitulado Oportunidades perdidas na resposta à violência contra mulheres e meninas no setor saúde, que tem por objetivo compreender por que os serviços de saúde, em muitas situações, não conseguem identificar casos de violência contra a mulher. A pesquisa é fruto de uma parceria internacional, que envolve o Grupo Violências, Gênero e Saúde; a Universidade de Basel; além de duas instituições voltadas para a saúde e proteção da mulher – a IAMANEH Schweiz e a Counselling Line for Women and Girls (CLWG) –, localizadas na Suíça e na Albânia, respectivamente.

O estudo será realizado em Belo Horizonte e na cidade de Tirana, na Albânia, tendo como foco os serviços da atenção primária. “A ideia é investigar os casos de feminicídio e buscar no histórico das vítimas se, em algum momento, essa mulher que foi morta havia procurado o serviço de saúde, verificando se os profissionais que a atenderam conseguiram detectar que se tratava de um caso de violência. Também vamos verificar se houve encaminhamento dessa mulher para algum outro serviço a que ela teria direito, como centros especializados de atendimento às mulheres, a assistência social, delegacias de polícia, justiça, dentre outros”, explica a pesquisadora Paula Bevilacqua.

Durante a estada em Belo Horizonte, a pesquisadora da Universidade de Basel, que iniciou o doutorado pelo Programa de Saúde Coletiva do IRR este ano, visitou, com integrantes do Grupo, unidades básicas de saúde, onde conversou com profissionais e procurou entender como funcionam os atendimentos.

“O estudo tem como foco a atenção primária e, por isso, aproveitamos a vinda da Carmen ao Brasil para que ela tivesse esse primeiro contato com as UBSs. Visitamos duas unidades e tivemos reuniões que foram bastante produtivas”, afirma Paula.

A pesquisa conta com financiamento do Swiss Network for International Studies Funding – SNIS – Suíça, e do Programa INOVA Fiocruz – Geração de Conhecimento.