Nossa Gente – Elizabeth Maria Fleury Teixeira

Elizabeth Maria Fleury jpg

Qual a sua formação? 
Mestre em Sociologia pela UFMG, especialista em Políticas Públicas com pós-graduação em Ciência Política também pela UFMG e graduação em Comunicação pela mesma universidade.

Qual a área em que trabalha?
Pesquisa em Sociologia de Gênero e Violência.

Já atuou em outros setores, departamentos ou unidades?
Comecei no Rio em 1987, na Coordenadoria de Comunicação Social da Presidência com a gestão Arouca; cinco anos depois já estava criando e coordenando projetos sociais na região do entorno de Manguinhos, nas comunidades. Depois, outros projetos sociais em comunidades do centro, Copacabana e Santa Teresa. Quando retornei para Minas, fiquei um tempo colaborando com a UFMG e depois vim para o Centro de Pesquisas René Rachou.

Quais são os desafios de sua área de atuação?
Conjugar o final de minha titulação com as atividades que desenvolvo junto ao Comitê Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz e as atividades finais do projeto “Dicionário Feminino da Infâmia – Acolhimento e Diagnóstico de Mulheres em Situação de Violência”, que deverá estar pronto pela Editora Fiocruz entre junho e julho e que prevê a realização de Seminários Pedagógicos para equipes técnicas que atendem mulheres em situação de violência em várias capitais brasileiras.

O que pode destacar de interessante na sua carreira na Fundação?
Bem, minha experiência tem um componente de mudança de área que considero importante. Venho do jornalismo da grande imprensa, onde estive por 13 anos em Minas, Rio e São Paulo. Depois disso foi que entrei para a área pública, que inicialmente não estava em meus planos. Portanto, viver os primeiros anos de experiência na Fiocruz foi um grande aprendizado sobre o que significa servir à sociedade nesse espaço de produção do conhecimento e de capacitação. Minha carreira se destaca pela liberdade de mudança e de experimentação. Sempre fui uma pessoa criativa e autônoma. E é nessa instituição que pude explorar ao máximo estas potencialidades e venho realizando um trabalho que, creio, tenta atender necessidades sociais.

O que espera para o futuro?
Gosto de tentar compreender o que a sociedade necessita nas áreas em que trabalho e tentar focar em alguns dos pontos que podem atender algumas destas necessidades. Foi pensando assim que realizamos o I Fórum “Violência Contra Mulheres – um tema de saúde pública”. Neste fórum, localizamos a demanda por mais capacitação e isso gerou o projeto do Dicionário Feminino da Infâmia. Estou agora sendo convidada para representar a Fiocruz, que terá assento junto ao Conselho Estadual da Mulher de Minas. Para que isso se confirme, depende apenas de uma portaria governamental que deve sair neste primeiro semestre de 2014. Vamos realizar os Seminários Pedagógicos também este ano. Temos outros planos em discussão com nossa diretoria, mas haverá a hora apropriada para divulgá-los, esperamos que ainda até o final deste ano.

O que é o Centro de Pesquisas René Rachou para você?
Bom, tem sido nesta fase que estou aqui que tenho conseguido realizar alguns sonhos importantes, como minha titulação acadêmica, a criação do Dicionário, a coordenação do Comitê Pró-Equidade. Só posso dizer que tenho aprendido a respeitar o trabalho primoroso realizado pelas equipes de pesquisa do René, e admirar todo o compromisso que vejo nos funcionários em geral para levar adiante a agenda desta instituição.