José Márcio Rodrigues

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José Márcio Rodrigues. Foto: Cláudia Gersen – Fiocruz Minas.

 

José Márcio Rodrigues nasceu em Azurita, distrito da cidade de Mateus Leme/MG. Possui duas formações, em Ciências Econômicas (Faculdade de Itaúna), e em Ensino da Geografia do Brasil (Universidade de Formiga), além de pós-graduação nessa última área. Sua carreira teve início na empresa Brahma, onde trabalhou por 13 anos, galgando diversos postos, até chegar a chefe de seção.

Decidido a mudar de profissão começou carreira no magistério, ministrando aulas de Economia, Estatística e Organização de Empresas para o segundo grau e nível técnico. Realizou concurso para professor da rede estadual de ensino, assumindo disciplinas de Geografia e História. No ano de 2006, em um intervalo de aula, viu o edital de concurso para o IRR e decidiu participar. Sua colocação permitiu que fosse chamado dois anos depois, em 2008, para exercer a função de Analista de Gestão em Saúde Pública, na área de suprimentos.

José Márcio descobriu sua vocação no Serviço de Infraestrutura, local em que trabalhou até sua aposentaria. Suas tarefas eram muito variadas, coordenando a prestação de serviços para toda a instituição, que incluíam manutenção de equipamentos e do prédio, e compras de mercadoria. Devido à sua experiência na iniciativa privada, não teve dificuldades com o trabalho, chegando à chefia do setor.

A demanda era alta, com média de 180 chamados por mês, sem contar as manutenções preventivas e de acompanhamento dos contratados terceirizados, como no caso dos elevadores e de autoclaves. Inicialmente a estrutura não atendia às exigências das pesquisas realizadas no IRR, de modo que foram promovidas obras para adaptação do espaço, com reforma de instalações, salas, bancadas, piso, rede de emergência, capacidade e reforço das paredes da caixa d’água, etc.

José Márcio participou de inúmeras iniciativas, que relembra com orgulho, pois marcaram o crescimento da instituição. Como a criação de infraestrutura para funcionamento do Insetário e para instalação de Laboratório nível NB2, que necessita de isolamento especial para evitar contaminação, além da construção da rampa de acesso que facilitou o deslocamento de pessoas com deficiência. Uma das maiores realizações foi a finalização da rede de combate a incêndios dentro das normas do Corpo de Bombeiros, que levou muito tempo para ser concluída. Em razão da complexidade das exigências, as obras foram feitas em etapas, em um processo que incluía retirar equipamentos dos corredores, construir sala fria, etc. Os bombeiros realizaram diversas vistorias, ponto por ponto, até reconhecerem todas as instalações como regulares.

José Márcio conta que, em razão do seu trabalho, circulava muito pelo IRR, mantendo uma boa convivência com todos os colegas, baseada no respeito. Porém, com o passar dos anos, seu deslocamento para o IRR ficou cada vez mais difícil, tendo que enfrentar congestionamentos e problemas no transporte público. Decidiu, portanto, pela aposentadoria, em 2023. O processo foi tranquilo, pois realizou o Programa de Preparação para a Aposentadoria ofertado pela Fiocruz.

Atualmente, José Márcio se dedica a uma oficina de carpintaria que montou em casa, onde trabalha com restauração de móveis. Ele considera que aprendeu muito no período em que trabalhou no IRR. Como bom professor, se interessou pela história da Fiocruz, leu variado material sobre o assunto, o que lhe deu dimensão sobre a importância da instituição. Ele conta que se sente gratificado por fazer parte da história do IRR, com sua longa trajetória de promoção da saúde e do bem-estar da população brasileira.

 

 

 

 

 

Texto: Natascha Ostos

Entrevista: Cláudia Gersen e Natascha Ostos

Apoio:

– Direção IRR

– Projeto Fiocruz Minas, patrimônio do Brasil: História, memória, ciência e comunidade

Agradecimentos: José Márcio Rodrigues, pela entrevista concedida no dia 11/04/2023.