Bambuí celebra 100 anos da descoberta da doença de Chagas

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O município de Bambuí, no centro-oeste de Minas Gerais, celebrou na última segunda-feira (14/9) o centenário da descoberta da Doença de Chagas. O evento foi promovido pela prefeitura da cidade, onde há mais de 60 anos instala-se o Posto Avançado de Estudos Emmanuel Dias (Paeed), ligado ao Centro de Pesquisas René Rachou (CPqRR/ Fiocruz Minas).

Pela manhã, uma comitiva da Academia Mineira de Medicina foi recebida no Paeed pelo pesquisador do CPqRR e membro da Academia, Dr. João Carlos Pinto Dias, juntamente com o representante da Diretoria do René Rachou, Dr. Alvaro Romanha, pesquisadora e chefe do laboratório de Triatomíneos (CPqRR), Dra. Liléia Diotaiuti, além do prefeito do município, Sr. Lélis Jorge Silva, e secretários de saúde. Juntos, eles visitaram o Paeed. Após fala do prefeito, do presidente da Academia Mineira de Medicina e do Secretário de Saúde, Dr. João Carlos ministrou apresentação didática sobre um caso padrão de doença de Chagas com 50 anos de evolução.

Na parte da tarde, o salão da prefeitura de Bambuí recebeu o evento, no qual novamente se apresentaram prefeito e secretário de saúde de Bambuí, o presidente da Academia Mineira de Medicina e o representante do René Rachou, Dr. Álvaro Romanha. A história da descoberta da doença de Chagas foi contada pelo pesquisador João Carlos Pinto Dias.

 

Homenagem
Na oportunidade, João Carlos Pinto Dias, que possui longo histórico de estudos para o combate da doença de Chagas, foi homenageado pelo seu trabalho. Homenagens não faziam parte da programação do evento. “Fiquei surpreendido e muito feliz; dediquei a homenagem ao meu pai [Emmanuel Dias] e a todos que atuaram e atuam no Paeed durante todos esses anos”, comentou Dias.

 

A doença de Chagas em Bambuí
De acordo com Dias, não há casos agudos da doença de Chagas no município de Bambuí desde 1969, quando o último caso foi registrado. “Atualmente não há paciente menor de 40 anos portador de Chagas em Bambuí, em contraste aos 45% de crianças abaixo de 12 anos infectadas no princípio da década de 50”, contou o pesquisador.