Estudo Immunita: grupo da Fiocruz Minas recebe visita de equipe do Instituto Butantan

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O grupo de Diagnóstico e Terapia de Doenças Infecciosas e Câncer do IRR recebeu, entre os dias 19 e 23 de junho, a visita de pesquisadores assessores da diretoria do Instituto Butantan que atuam no Estudo Immunita. O objetivo foi estreitar os laços entre as equipes envolvidas no projeto, fortalecendo a relação entre os dois institutos de pesquisa, além de fazer alinhamentos para a continuidade do trabalho.

“Já estamos trabalhando nessa parceria desde o ano passado e algumas pessoas nem se conheciam pessoalmente. Então, a proposta dessa visita presencial foi gerar mais proximidade e permitir que fizéssemos os alinhamentos necessários para a continuidade do estudo. Foi um encontro bastante produtivo, que possibilitou fazer ajustes, bem como verificar todo o processo de pesquisa”, explica a pesquisador Rafaella Fortini, coordenadora do estudo na Fiocruz Minas.

O próximo encontro entre as equipes será em São Paulo, na sede do Instituto Butantan, nos dias 29 e 30 de junho. Pesquisadores do IRR vão visitar as instalações da instituição, tendo a oportunidade de acompanhar o processo de pesquisa. Haverá ainda uma reunião com a direção do Butantan, em que serão apresentados dados sobre a pesquisa.

A pesquisa- O Estudo Immunita tem por objetivo acompanhar a resposta gerada pelas vacinas contra a Covid-19 em crianças e adolescentes de 6 meses a 17 anos, ao longo do tempo, visando contribuir para a definição de diretrizes em relação à vacinação para a faixa etária acompanhada. A pesquisa vai permitir o detalhamento sobre a resposta imunológica protetora que é gerada pela vacina e como esta resposta permanece ao longo do tempo.

“Além disso, estamos detalhando a resposta celular gerada pela vacina, para entendermos a resposta protetora de forma ampla e completa nas crianças e adolescentes, além da análise de segurança e efetividade das vacinas”, afirma Rafaella.

O estudo acontece em Belo Horizonte e região metropolitana e também no município de Serrana, em São Paulo. O recrutamento dos participantes é feito no momento em que as famílias levam crianças e adolescentes, com idade entre 6 meses e 17 anos, para vacinar. O acompanhamento se inicia mediante autorização dos responsáveis e também dos vacinados.

“Todos são acompanhados por nossa equipe no decorrer de todo o estudo. Em caso de sintomas de Covid-19, uma equipe médica faz uma avaliação sobre a necessidade de realização da coleta de swab e, em seguida, fazemos o diagnóstico por PCR. Se positivo, é feito o sequenciamento do vírus para definirmos as variantes causadoras da infecção no pós-vacina. Além disso, monitoramos também possíveis efeitos adversos que possam ocorrer”, explica a pesquisadora.

O acompanhamento dos voluntários é feito mensalmente, por meio de contato telefônico. Presencialmente, são cinco contatos: no dia da vacinação e, posteriormente, nos seguintes períodos: após um mês, após três meses, após seis meses e após um ano, todos esses tempos a partir da segunda dose. Todas as análises laboratoriais são realizadas na Fiocruz Minas.

Além do acompanhamento de crianças e adolescentes, o Estudo Immunita também realiza essa mesma investigação em adultos e idosos vacinados.